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X-HQ# 08 MAD MAX



Em 1979, iniciava-se a franquia MAD MAX, um despretensioso filme australiano que vinha na onda ação com ficção científica mostrando um futuro não muito admirável(e  não muito distante e que para nós já é passado), no qual as nações haviam entrado em guerra e a sociedade caminhava para o colapso, sendo a lei ditada nas estradas e mostrando um declínio do modo de vida conhecido.

Na onda do novo filme do MAD MAX, é bom conhecer um pouco da história mostrada em filmes anteriores da franquia e  desmistificar algumas idéias errôneas que os fãs tem sobre a história.

O primeiro filme do MAD MAX se você não escutar a introdução,que diz que a história se passa no futuro, nem é um futuro tão pós-apocalíptico, até por que pouca coisa está diferente, a única novidade é o índice de criminalidade crescente por parte de motoqueiros nas estradas e a dificuldade da polícia em manter a ordem neste novo mundo no qual o sistema judiciário não está mais funcionando ( como se em tempos atuais funcionasse não é?imagina ae...). Neste filme, o personagem Max Rockatansky é um policial dos que costumam resolver as coisas na base da loucura atrás de um volante ( daí o termo mad entende?). Mas o cara não é tão louco longe do volante não, pois não pensa duas vezes em sair da polícia quando vê seu parceiro Goose ser queimado e depois morto  em represália pela gangue liderada por Toecutter que estavam perseguindo. Então como não queria ter destino igual, pois tinha mulher e filho, ele tenta  sair da corporação mas só ganha umas férias.


Mas se o problema era esse, lá pelo meio da história sua esposa e filho são mortos por atropelamento por esta mesma gangue e daí, Max começa sua vingança e abandona o modo de vida em sociedade passando a rodar as estradas da Austrália em busca de paz mas sem querer se juntar a novas pessoas. Ou seja, um eremita.

 Mel Gibson em início de carreira representa Max, um cara que no filme todo tem poucas falas mas que não atrapalha o desenrolar da história, então sem críticas ao Tom Hardy por ele ser calado.
Além de que o primeiro filme tem um ritmo até parado, sendo bom mesmo é o filme seguinte e que montou o esqueleto do que seriam os filmes de MAD MAX desse ponto pra frente.


No segundo filme sim, temos o que é realmente a marca dessa franquia,o futuro pós- apocalíptico e a ruína da sociedade como a conhecemos devido a queda dos governos e a escassez de fontes de energia como combustível, energia elétrica, água. Na verdade o MAD MAX 2 ( The Road Warrior, A caçada continua) é sim, o filme a ser marcante na franquia, até mesmo mais do que o primeiro, pois nele diversos itens são explorados de forma melhor. Três anos após a história  do primeiro filme,o mundo está separado agora em diversos clãs e gangues punks que saem em guerra diária e constante uns com os outros a fim de obter uma chance de sobreviverem mais tempo, tendo mais recursos como os citados acima. O  rock virou um tipo de música dominante que intensifica as emoções, sendo em momentos citados até mesmo como uma nova forma de religião. Quem aí não se toca de ver Humungus, vilão do segundo filme considerado   o "aiatolá do Rockn'roll"?

O estilo punk dominava as gangues da época com roupinhas de couro e correntes, espinhos enfim o estilo punk no deserto australiano mostrava como seria um futuro pós-apocalíptico da sociedade e nisso tudo Max, agora um andarilho que não quer viver em grupo e passa seus dias rodando as estradas em seu V8, acaba por se meter em um conflito de um povo nômade (Papagallo Norte) que quer fugir para um local mais paradisíaco (baseado em um folder antigo de férias) e a gangue chamada Os alucinados do gay boy. Saca o nome bizarro. Mas é isso. E O guerreiro das estradas tem um nível de ação respeitável e que, dos originais, é o meu favorito.



Mas aí veio o terceiro filme, MAD MAX 3 (Beyond of Thunderdome/Além da Cúpula do trovão)( 15 anos após o segundo filme)  aonde MAX já muito mais velho do que nos filmes anteriores e ainda um nômade ( sempre, esse é um estilo de vida em MAD MAX), chega a civilização de Barter Town que está se recuperando e redescobrindo formas de energia, se restabelecendo em qualidade de vida na sociedade graças a governante Aunty Entity(interpretada por Tina Turner) e o anãozinho Master que é o cara que descobriu um método de retirar energia através do gás metano produzido por suínos.


 O filme imortalizou a frase " dois homens entram, um homem sai" referente a luta de Max contra o grandalhão Blaster na arena chamada cúpula do Trovão.  Esse filme teria tudo para ser o melhor, mas devido ao tom mais "positivo" de humanidade superando adversidades, Max ajudando uma sociedade de crianças nômades e consequentemente um nível menor de violência do que em Road of Warrior, acabou por ser um dos mais fracos e que enterrou a franquia por apenas 30 anos. porém, é o filme mais conhecido pelos fãs da saga por ter passado inúmeras vezes na sessão da tarde quando Sessão da tarde era um troço legal de se assistir.

Uma (de várias)curiosidade é que  Bruce Spencer interpreta dois personagens diferentes mas ao mesmo tempo semelhantes que aparecem em MAX 2 e 3. Durante um tempo se pensou que eram os mesmos personagens, uma vez que além de interpretados pelo mesmo ator, tinham características parecidas como serem experts em veículos aéreos. No 2, há o capitão Gyros, que  se junta ao povo nômade da Tribo do Norte e os lidera até a morte segundo o narrador da história que é o menino fera. No 3, o seu personagem é Jedediah,um ladrão que rouba mercadorias do alto de seu planador e ele está com um filho. Em tempos sem internet , isso deve ter encucado muitos fãs. Mas haviam diferenças.


Os responsáveis pelo sucesso da franquia são o diretor George Miller e Mel Gibson. Miller soube dar o tom certo a história em suas primeiras produções e Gibson trouxe o carisma que o personagem necessitava, mesmo sem ser tagarela, ao contrário de outro personagem que o marcaria como Riggs, o tira de Máquina Mortífera. MAD MAX só foi estourar depois de certo tempo, tendo de ser redublado por Gibson quando de sua estréia nos EUA, para deixar mais compreensível o  seu sotaque australiano.




dois homens entram, um homem sai



Mad MAX Fury Road está em cartaz atualmente nos cinemas  e logo logo, você lê a critica deste filme aqui na nossa seção de cinema. Este filme facilmente será considerado o melhor, se você ignorar o fato de que ele não tem o Mel Gibson já que Tom Hardy assume o papel. mas após 30 anos sem ver nada de MAD MAX nos cinemas este filme veio com um crescente esquema de divulgação boca a boca  ganhando força na internet e atraindo muitos fãs novos para a série.A história dessa vez se passa talvez em algum ponto entre os dois primeiros filmes(ou não já que o carro do MAX é destruído nesta história, assim como em Road Warrior), traz além de uma super história insana, um monte de referências para os fãs da franquia original.

Atualmente é o sucesso de 2015 nas telonas e pode se tornar o maior filme de ação já feito. Muito bom para George Miller que desde há muito tempo estava apagado e com filmes bem mais modestos como Happy Feet ou Babe, o porquinho atrapalhado. Até o diretor Robert Rodriguez(conhecido por filmes de ação como sin Citty, Machete, Planeta Terror) se admirou do efeito que Estrada da Fúria causou sobre ele.

A história conta como um Max perturbado pelas mortes que não conseguiu evitar,novamente cai de paraquedas em algum conflito , desta vez entre a Imperatriz Furiosa e o tirano Immortan Joe (interpretado pelo Toecutter do primeiro filme). O filme  causa a sensação de quem já viu o dois. Um futuro apocalíptico e bem mais aprofundado  em termos de religião, modo de vida,consequências da guerra nuclear e você confere mais na nossa seção de cinema clicando aqui.



Até agora  achei estas referências:

  • a cena da morte do Toecutter é repetida em flashback rápido
  • A arma que vive deixando Max na mão é mostrada como chegou até ele.
  • A tatuagem feita nas costas dele com o nome Road warrior que é o título do segundo filme;


  • Os War Boys não conseguem deixar de lembrar um dos garotos da tribo perdida que aparece em Cúpula do trovão(!?) (por favor não achar que o moleque é um kamicrazy)

Já nos quadrinhos, o mundo de MAD MAX nunca foi visto. Pelo menos não até 2015 , já que com o lançamento do novo filme,George Miller está com tudo e vai escrever histórias para a DC sob o selo Vertigo, aprofundando a história individual de alguns personagens de Fury of Road. Com certeza as histórias de Immortan Joe e do guitarrista já me deixaram curioso! e é o selo Vertigo!!!









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